na noite qualquer
um homem cansado
caminha na rua
a nuvem tão branca
desliza no céu
e eclipsa a lua
a lua tão alta
a nuvem no fundo
da poça de lama
na noite qualquer
um tiro, escarcéu
estúpido estampido
sirenes uivando
pipocam mil flashes
um homem caído
a nuvem tão clara
no céu passeia
e desnuda a lua
a lua tão cheia
a nuvem no fundo
da poça de sangue.
akira – 05/01/2010.
Amigo Akira...que bom vicio este de escrever...e para nos que otimo vicio este de pode te ler...E eu que achei que era imune a vicios!!!! parabens
ResponderExcluirBelo poema!
ResponderExcluirEstou aprendendo a gostar de ler seus poemas.
Um abraço.
Fui dormir depois de ler esse poema e sonhei com o tiro vindo de não sei onde, o corpo caindo na lama, a lua vermelha.
ResponderExcluirMenos, Carlos Alberto, sei que é muito menos.
ResponderExcluirMartha, aprender a gostar é um verso e são dois verbos. Um abraço para voce também.
ResponderExcluirChorik, ouvi quatro estampidos no meio da madrugada, sirenes e cantadas nervosas de pneus, e fiquei quietinho dentro de casa.
ResponderExcluirNa manhã seguinte, quando saía para o serviço, vi o corpo coberto por um plástico preto, o sangue no chão e imaginei a lua horrorizada na noite anterior.