há dias em que seu rosto nunca fica nítido
nele não há rugas para denunciar
a lenta passagem das chuvas
nem raios de sol para acordar as flores
nem mesmo um instante de perguntas sem sentido
hoje o seu rosto nunca fica nítido
rosto de subterrâneos de metrô:
- na estação liberdade fiquei preso para sempre
nas lagoas orientais dos seus olhos
num vinte e cinco de janeiro já esquecido.
akira – 25/01/2011.
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