domingo, 30 de junho de 2013

Sorriso perdido (infantil 1)



- para Inês Santos

crianças, me ajudem
estou muito triste
e desesperado demais
perdi o meu sorriso
em algum lugar por aí
mas tão bem perdido
que não o encontro mais
por mais que procure

já olhei debaixo da cama
em cima do telhado
dentro do cesto de lixo
e na casinha do cachorro
mas foi tudo em vão
o meu sorriso sumiu

já dei queixa na polícia
já fui no pronto-socorro
já fui até no achados
e perdidos do metrô
e também anunciei
no rádio e na televisão
nada, tudo em vão
desapareceu mesmo

espero que ele não tenha
se enjoado do meu rosto
e fugido de bicicleta
para sempre de mim

tomara que ele não tenha
contraído uma grande deprê
e se atirado da ponte
ou cortado os pulsos
ou aberto o gás

peço a deus para que ele
não tenha sido roubado
por um cruel ladrão
de sorrisos felizes
enquanto eu dormia

crianças, me ajudem
a encontrar o meu sorriso
é o único que eu tenho
sem ele na minha cara
com que cara vou dizer
bom dia para vocês?

akira – 30/06/2013.

Para os que nasceram sob o signo do incêndio, por Assis Freitas



para Domingos Barroso e Akira Yamasaki
(irmãos, compadres)

A nudez da pedra será um dia revelada
O sexo dos anjos
A infâmia dos justos
A mudez que blasfema
A lápide e o alicerce da palavra
Sob a cisma das horas
Sob o rasgo dos raios
Como epifania letal

Assis Freitas.

Tremi de medo e chorei de emoção (2ª parte)



compartilho fotos da 2ª parte da minha participação na
atividade literária e cultural realizada na emef profº
maestro alex martins costa, onde mantive um tocante e
inesquecível encontro com professores da escola e os
alunos/membros da ael – academia estudantil de letras
rubem alves, emocionante projeto cultural que tem por
objetivos estimular o gosto pela leitura, aprimorar a
escrita, desenvolver hábitos de estudo, promover a
autoestima, praticar a inclusão e incentivar a disciplina e
a criatividade, dentre outros. como dito anteriormente,
 os acadêmicos da ael são os próprios alunos da escola
interessados em literatura onde cada um representa um
poeta ou escritor de sua preferência, inclusive, na quarta
feira – 26/06, contei  cerca de quinze acadêmicos, todos
devidamente identificados por uma camiseta própria do
projeto. um era o solano de andrade, outro, o bandeira,
outra, a cecilia meireles, a cora coralina e daí por diante.
nesse dia fui informado pela profª inês santos que o
projeto ael, que foi criado e é coordenado  pela profª
sueli gonçalves, já está implantado ou em fase de
implantação em vinte e duas emefs da penha, o que na
minha opinião pode vir a ser o embrião de uma grande
revolução educacional no país. já pensaram?, uma ael
em cada escola do brasil? a atividade da 4ª passada foi
realizada no formato de um sarau com professores da
emef profº maestro alex e alunos da ael, onde eu e meu
livro/cd “bentevi, Itaim” éramos o convidado especial.
foi massa e máximo, uma experiência comovedora em
que tive meus poemas lidos, discutidos e declamados
por alunos e professores da escola, o que mais pode
pedir à vida esse “bom poeta ruim”? fico por aqui, com
certeza as fotos são mais eloqüentes que as palavras.

akira – 30/06/2013.























sábado, 29 de junho de 2013

Tremi de medo e chorei de emoção (1ª parte)



a minha comadre Inês Santos me convidou há uns três
meses atrás para participar de uma atividade cultural e
literária com alunos e professores da sua escola, a emef
profº maestro alex martins costa, onde é realizado um
comovente projeto: a ael, academia estudantil  de letras
rubem alves, onde os acadêmicos são alunos da própria
escola interessados em literatura. a atividade consistiu
na leitura pelos professores e alunos da ael,  de poemas
do meu livro/cd “bentevi, Itaim” e posterior realização
de um sarau na escola que acabou ocorrendo na última
4ª feira – 26/06/2013. tremi nas bases na 4ª, quando de
surpresa, a inês me informou que uma das professoras,
a tânia cristina lemos tinha desenvolvido um trabalho
com crianças do 5º ano a – ciclo 1, com leitura e discussão
de poemas do “bentevi, Itaim”, que resultou em textos
criados pelos pequeninos e intitulados de “minha casa,
meu bairro” e o pior, que os danados faziam questão de 
ler para mim em sala de aula. tem hora que não dá para
segurar a emoção e essa foi uma delas. à inês e à tânia
não sei como agradecer tanta generosidade e afeto.

akira – 28/06/2013.