quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mãos dadas

de mãos dadas diante do mar
pequenos demais infinito adentro
fiquemos assim, meu amor

um barco desaparece
e aparece novamente
depois das ondas
lá longe

uma criança recolhe
conchinhas brancas na areia
e o vento marinho vem brincar
de morar nos seus cabelos

um pássaro desenha
rastros no horizonte

fiquemos assim, meu amor
de mãos dadas diante do mar.

akira - 18/01/2011.

6 comentários:

  1. MISTÉRIOS DO MAR

    Ali num patamar

    Quase ao nível do mar

    Fiquei a olhar a linha do horizonte

    A imaginação voava...

    E entre rasantes tentava pousar

    Saudades de tempos idos, sonhos e fantasias

    Revolucionavam meu eu, mas me deixavam sereno

    Energias do vai-e-vem das ondas

    Roubavam a cena e a minha atenção

    Ali frente ao mar em pontos diferentes repetidas vezes

    Quisera desvendar o mistério que me prendia ao fascínio

    E a sensação de bem estar que ali sentia

    Não sei explicar a contemplação

    E apenas senti mais uma vez

    Aquela gostosa emoção!

    Assis- 27-01-11, lembranças de PRAIA PEITO DE MOÇA – LUIZ CORREIA-PI-13-01-2011

    ResponderExcluir
  2. diante do mar (2)

    de mãos vazias diante do mar
    sou como um grão de areia
    que se molha com as ondas
    com medo de se afogar

    se barcos desaparecem
    peixes nadam mais velozes
    levam energias da terra
    e com os raios do sol se aquecem

    vejo que sou tão pouco
    que só o amor nos aquece
    que sem nutrir essa aura
    serei apenas mais um louco.

    sacha arcanjo (29-01-11)

    ResponderExcluir
  3. Fui visitar o mar


    Mirar o mar.

    Se deixar encantar por este mar,

    que lambe os meus inseguros pés.

    Sinto, quando o faz, que alcancei

    o horizonte liquido da terra.

    Este planeta voraz de vida e já cheirando à morte.

    Mirar o mar e saber que um dia

    não mais existirá este sentimento, de êxtase

    e sentimento de pequenetitude diante de sua grandeza.

    Neste inibriar de tanto mirar,

    percebo que sou mais um grão de areia,

    poeira no cosmos da vida.

    Diante do mar não sou nada.

    Sou apena um afogar de inexistências

    e vontade de navegar.

    Ah.. o mar tem a imensidão de se amar em solidão.

    Portanto inalcaçavel, incabivel.. cabe apenas nos meus olhos

    e no o meu triste coração.


    Carlos Alberto Rodrigues.

    ResponderExcluir
  4. Akira, meu caro, sei que você não gosta desses louros todos, dessas palmas incontidas, mas é preciso que digamos: você é um puta poeta, meu! Diamante lapidado por visões/sentimentos sempre inéditos sobre o que outrolhos diriam ser, cotidiano.
    A sua maestria fotográfica na captação do instante ensina caminhos a esses transeuntes aqui, embasbacados.

    Há braços,
    Escobar Franelas.

    ResponderExcluir
  5. Caralho! Fiquei sem ação.

    Essa é pra mim, a configuração perfeita, a medida exata do que se entende por poesia: sons, imagens, ritmo, o despertar do belo, a pronfundidade, a intensidade, a forma e uma porrada de ooutros termos técnicos de análise literária que jamais chegarão ao pés de explicar tamanha obra. Parabéns Akira, meu mestre inspirador nas artes e malícias da palavra.

    Abraços.
    Tiago Bode Araújo.

    ResponderExcluir