domingo, 20 de abril de 2014

sarau da casa amarela de abril, por joão caetano do nascimento



A estrela da felicidade iluminou a Casa Amarela

A Casa Amarela, em São Miguel Paulista, mais uma vez ficou repleta de gente na tarde deste domingo, 13 de abril. Lotou e quem lá foi não se arrependeu. Vivemos momentos inesquecíveis de poesia, música, de encontros, amizades e reencontros. E essa coisa bonita que ocorreu mostra que a vida tem jeito, sim.
Para começo de conversa, Vlado Lima relançou o seu lendário livro de poesia “Pop Para-choque”, numa cuidada edição produzida pela Editora Patuá.
Vlado, que é considerado um dos maiores divulgadores de poesia, através dos saraus, sendo um dos iniciadores em São Paulo, dessa saudável atividade, apresentou alguns poemas do livro ao atento público. São poemas marcados pelo tom debochado, pelo humor ácido diante atribulações cotidianas, das injustiças, dos desencontros da vida e do amor e onde, de repente, aparece, quase de contrabando, um toque de lirismo e de ternura pela dor e o sofrimento humano. Esta é uma primeira impressão – cabe registrar- feita ainda no calor do acontecimento, mas de posse de um exemplar do livro, vou ler com o maior cuidado. Aliás, todos os exemplares do Pop Para-choque levados pelo autor foram vendidos.

O Grupo Ururaí
Outro grande momento do Sarau da Casa Amarela foi o propiciar o reencontro dos integrantes do histórico Grupo Ururaí, conjunto musical formado na década de 90 no Itaim Paulista, cuja característica era o excelente repertório e a apurada qualidade musical.
Vimos e ouvimos encantados, Cida Camargo, Celina Sales, Janete Braga, Ojana Gouveia, Ademar Silva Neto e Mauro José Paes (Mauro Delegado). Este, num inusitado acontecimento, saiu da toca e pudemos revê-lo e ouvi-lo tocar. Eu, particularmente, não o via há uns 20 anos.
O reencontro, o clima festivo, a magia do raro momento superou a falta de qualquer ensaio do grupo, que se desfez há alguns anos. A gente teve instantes que parecíamos estar no sétimo céu.
Mas teve mais, muito mais. Muitos músicos, poetas, gente de inegável talento e dedicação à arte nos ofertou um pouco do muito que faz. Em meio a tudo isso, meu velho compadre, o tio Akira, me pede um registro da noite. Como não esperava a tarefa, não anotei nomes das pessoas, detalhes do encontro, mas registro a minha impressão.
Foi muito bom, emocionante. A estrela da felicidade irradiou seu brilho no coração de quem esteve na Casa Amarela e saímos todos de lá envoltos nessa sensação mágica que na falta de uma definição melhor chamaremos de estado de graça.
 
João Caetano do Nascimento.


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