sábado, 5 de outubro de 2013

eliana mara chiossi emociona o 17º sarau da casa amarela


na 6ª feira – 20/09, na casa de farinha, no lançamento
de cardume, livro de poemas de carlos moreira, eu disse
no início do evento que neste fim de semana, são miguel
paulista iria se transformar na capital mundial da poesia,
devido à sua presença entre nós, e da escritora e poeta
genial adriana brunstein que tão generosamente atendeu
convite para vir à são miguel para a festa do cardume.
mal sabia eu o quão proféticas eram minhas palavras, pois
como que para reiterar a minha previsão, quando cheguei
do serviço sábado à noite e abri o facebook encontrei uma
mensagem inbox da minha comadre lígia regina dizendo
que eliana mara chiossi, arregalei os olhos e me belisquei
para comprovar que não estava sonhando, que minha doce
e querida amiga eliana mara chiossi, uma das maiores
poetas e escritoras que eu conheço, chegaria ontem do rio
para um razante de dois dias em sampa e já confirmara
presença no 17º sarau da casa amarela que faríamos de
tarde. dizer que fiquei louco com a notícia é pouco, um
filme passou pela minha cabeça e fui arremessado ao ano
de 1978 quando eliana chegou ao movimento popular de
arte, o mpa, no pacote do TeRua, grupo de teatro que era
formado por cláudio gomes da costa, severino do ramo,
sueli kimura e reinaldo rodrigues, dentre outros, todos
muito jovens na época e em seus olhos queimava o fogo
das revoluções. eliana, a li, era a mais jovem do grupo,
devia ter quinze anos no máximo, e lembro como se fosse
hoje que seu talento para a escrita e para o palco era
assustadoramente precoce e quando ela falava os
marmanjos do mpa ficavam pianinho. e quando eliana
mara chiossi chegou à casa amarela ontem até o sol que
andava arisco entendeu e mostrou a cara para saudar a
sua chegada e foram emocionantes os reencontros com
velhos amigos como ceciro cordeiro, sueli kimura, zulu de
arrebatá, sacha arcanjo, josé vicente de lima, éder lima,
lígia regina, edmirson facú e joão caetano do nascimento,
dentre outros, e durante uma boa meia hora ela ocupou o
palco da casa amarela com a autoridade de quem fundou
e construiu a resistência cultural nos anos 1970 e 1980 no
mpa e aprendeu a fazer arte no meio do povo, nas ruas e
praças de são miguel paulista e por uma boa meia hora
ela emocionou a todos falando seus poemas, cantando as
suas canções e contando as suas histórias. e tudo com a
mesma ternura, doçura e frescor de quando ela tinha
quinze anos de idade.

akira – 23/09/2013.














 

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