sábado, 5 de outubro de 2013

Dias iguais

quando na noite profunda
meu coração está cansado
e minha alma sem salvação
devorada pelo silencio jaz

pois que a sina que cumpro
é de pássaro e não de cais
é de vento e não de pedra
é de guerra e não é de paz

afirmo que fiz tudo que pude
mastigo perdas e fracassos
as mesmas pequenas alegrias
inúteis, desprezíveis e banais

deito no travesseiro a cabeça
e de olhos fechados projeto
em câmera lenta os filmes
dos meus dias sempre iguais

akira – 12/09/2013.

Um comentário:

  1. Quanta magia em seus versos! Gosto muito de ler seus poemas, pois me identifico muito com o que escreve. " Pois a sina que cumpro é de pássaro e não de cais."
    Beijos

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