Um poema intrigante, surpreendente e inquietante.
Um legítimo Cláudio Gomes saindo do forno.
Akira - 29/10/2010.
Destinos
a borboleta estacionou no sangue
enquanto o caminhão partia
quatro gotas de sorvete de groselha
escorregaram na pele branca
alfinete de medalha furou
o vermelho da farda do soldado
a menina viveu.
o pai deu uma foto dela ao soldado.
duzentos e noventa e dois frangos, alguns nascidos galinhas,
foram sacrificados para consumo humano, trinta e sete horas depois
do fim da estrada.
na volta a carga será ração.
Cláudio Gomes – 28/10/2010.
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E o poema fez ração. E razão!
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