Quem é esse tonto sem zorro? Esse sonso que por sua causa quase morro... Quem é esse ser de barro que não parece João nenhum? Nem Zé da Silva ele é... Não passa de um "Zé Mané".
Quem é senão um pedreiro? Que não conhece dinheiro e não conhece o caminho que o levará ao desespero quando sua íngua vier na inflamação do medo... Será tarde demais...
O tempo da sua noite será pouco para os pesadelos com sangue e remédios. Ciço do Som, o sonso do pensamento sem valor... Do sentimento sem cor e do coma sem destino que a ingua da sua lingua reservou.
A sala bagunçada essa janela aberta essa monalisa posta na parede os vasos no jardim e as flores com sede olhando para mim como se eu fosse água
Eu não tenho nada nem faço chover mas tenho uma ideia e troco com voce posso fazer fumaça posso mandar sinal não sou indio nem nada mas tenho uma oca
O meu pombo correio não leva mensagem recebe minhas cartas me explica devaneios meu colo preparado espera o seu carinho meu corpo incarnadina na tinta do seu vinho.
a espada no aço forjada entalha na madeira a cruz força e penitencia juntas nenhuma pela beleza seduz irmãs de leite e de sangue uma a outra no pús faz jus.
Que bela vista da cidade dos porcos as bostas dos cachorros lúcidos que aos poucos sujam a história Cadelas porcas com suas madames tortas Escorrendo lágrimas pelo reto Chôro de seus gozos inquietos noites mal dormidas incomodadas pelas mordidas dos insetos
Bostas nas manhãs das ruas loucas Bichas e coroas com suas cristas de peru ainda cruas vergonha das linguas noturnas e das luas nuas Entre os travesseiros nas calçadas enfeitadas de cadelas com diarreia Deixam os sapatos e as sandalias com as bostas nelas.
Poemas "só bola dentro". Escalo você, Akira, para técnico dessa Seleção: Claudio de meia, meião e capitão, Ciço de centroavante, Sacha de cartola e goleiro, mr. Araujo de olheiro e zagueiro. Chico de roupeiro, tesoureiro e outros eiros e beiros. Vistam os uniformes, rapa!
Meu nome é Akira Yamasaki e nesse espaço vou contar minhas histórias. Sou um poeta e agitador cultural nascido sob o signo maldito das insatisfações e das aflições inquietantes.
Carrego eternamente nos olhos embotados a dubiedade do meu coração inconstante e fantasmas descontentes arrastam correntes no meu noturno destino. Meu outro signo é a paixão que torna-me fraco, generoso e temente por aqueles por quem sou apaixonado.
Menino cheguei do interior do estado em 1964 na Curuçá - Itaim Paulista e desde então só tive dois endereços, a própria Curuçá e o Jardim das Oliveiras, onde moro desde 1975.
As indagas culturais entraram na minha vida em 1977 devido ao envolvimento com artistas da região de São Miguel e a fundação do Movimento Popular de Arte - o MPA, quando um rangido profundo realinhou as placas geológicas dos oceanos do meu cérebro, o tsunami pegou no tranco e comecei a escrever poesia e teatro como louco e a promover indagas como destino.
Nunca mais parei. Foi no MPA também que conheci Sueli Kimura, magra como um ramo espichado de sakura, japonesa de olhos indaquentos e inteligencia incômoda, beleza oriental de traços suaves e intrigantes. Paixão fatal e casamento.
As lições que tiro do medo,
ResponderExcluirsão inatas ao meu instinto.
Por isso não faço segredo,
e mostro o medo que sinto.
Quem é esse tonto sem zorro?
ResponderExcluirEsse sonso que por sua causa
quase morro...
Quem é esse ser de barro
que não parece João nenhum?
Nem Zé da Silva ele é...
Não passa de um "Zé Mané".
Quem é senão um pedreiro?
Que não conhece dinheiro
e não conhece o caminho
que o levará ao desespero
quando sua íngua vier
na inflamação do medo...
Será tarde demais...
O tempo da sua noite será pouco
para os pesadelos
com sangue e remédios.
Ciço do Som, o sonso
do pensamento sem valor...
Do sentimento sem cor
e do coma sem destino
que a ingua da sua lingua reservou.
Ciço do Som – 22/10/2010.
Akira,
ResponderExcluirA espada siamesa à cruz
de traços inquietos forjada,
seduz pouco pela beleza.
enleva mais pelo espaço
entre o golpe e "reiva"
que vossa pena conduz!
Abração!
medo e sina
ResponderExcluirProtejeu esses moleques
Da peste e dos fuxicos
esses o tempo apagou
as chagas o divino secou
ficou
Sempre costurando o destino
tirou uma uma as espinhas da sardinha
fica
dias e dias conferindo a rota dos pardais
Rasante aquém: andorinha chefe batizou a chapinha tonalisada
cg.
A sala bagunçada
ResponderExcluiressa janela aberta
essa monalisa posta na parede
os vasos no jardim
e as flores com sede
olhando para mim
como se eu fosse água
Eu não tenho nada
nem faço chover
mas tenho uma ideia
e troco com voce
posso fazer fumaça
posso mandar sinal
não sou indio nem nada
mas tenho uma oca
O meu pombo correio
não leva mensagem
recebe minhas cartas
me explica devaneios
meu colo preparado
espera o seu carinho
meu corpo incarnadina
na tinta do seu vinho.
Ciço do Som.
Tiago, compadre
ResponderExcluira espada no aço forjada
entalha na madeira a cruz
força e penitencia juntas
nenhuma pela beleza seduz
irmãs de leite e de sangue
uma a outra no pús faz jus.
akira - 23/10/2010.
Que bela vista da cidade dos porcos
ResponderExcluiras bostas dos cachorros lúcidos
que aos poucos sujam a história
Cadelas porcas com suas madames tortas
Escorrendo lágrimas pelo reto
Chôro de seus gozos inquietos
noites mal dormidas
incomodadas pelas mordidas dos insetos
Bostas nas manhãs das ruas loucas
Bichas e coroas com suas cristas
de peru ainda cruas
vergonha das linguas noturnas e das luas nuas
Entre os travesseiros nas calçadas
enfeitadas de cadelas com diarreia
Deixam os sapatos e as sandalias
com as bostas nelas.
Ciço do Som – 23/10/2010.
medo
ResponderExcluirtenho medo
de dirigir carro
de guiar moto
de andar no escuro
de sair na foto.
tenho medo
de votar errado
de perder a briga
de pensar no sarro
que vem da intriga.
tenho medo
da ficar idoso
de ser papaquara
pois a íngua dói
no pé e na cara.
tenho medo
de chorar sozinho
de ser injusto
ter uma íngua ética
da que causa custo.
tenho medo
de ficar famoso
de me achar o bom
ter 80% de fãs
e perder o tom.
tenho medo
do que ainda virá
de chutar prá fora
da bola quadrada
do medo que cora.
sacha arcanjo (25102010)
Poemas "só bola dentro". Escalo você, Akira, para técnico dessa Seleção: Claudio de meia, meião e capitão, Ciço de centroavante, Sacha de cartola e goleiro, mr. Araujo de olheiro e zagueiro. Chico de roupeiro, tesoureiro e outros eiros e beiros.
ResponderExcluirVistam os uniformes, rapa!