Pelo caminho a mim destinado, sou um rio que perde forças para escavar seu leito e trilha, saciando a sede dos desertos, volteando montanhas e abismos, com mil sacrifícios e paciencias, conforme aproximo-me exausto do local e do momento marcado,
para o prometido acasalamento com o mar, que há mil séculos aguarda-me com seu alvo véu de algas e eternas espumas.
akira – 01/11/2010.
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Belíssimo encontro das águas nas tuas palavras.
ResponderExcluirSem palavras.. e sem fôlego..
ResponderExcluirParece-me uma ode tal & qual Easy Rider (Sem Destino,. que, por sinal, passa nessa madrugada na tv aberta), com essas águas representando a metáfora da descoberta de tantos, tortos e tontos territórios.
ResponderExcluirParece mais: o SãFrãcisco a cortar os Brasis, aquosamente, para levar sêmen, seiva e leite à terra árida e ávida.
Parece um pouco mais ainda: o Tietê, bordeando SãMiguel/Itaim, vindo das cachoeiras biritíbicas até anelar-se ao Paraná.
Quis dizer, com tudo isso, que o dito escrito é pura água, pele-água, séde e sêde de poesia, fome de vida.
Viajei...
Você tem um amigo solteiro que faça poemas assim? Me avise, se tiver...rsrsrs
ResponderExcluirConheço a dona do marido, acho que ela merece poemas diários. E fico feliz em ter vocês como amigos, e amigos de tanto tempo.
ò, vim aqui reclamar, ciumenta: você aparece no blog do Chorik toda hora...
E nem estou na sua lista de blogs.
Tome jeito, Akira-san!
Beijinhos