voce é um punhal afiado
enfiado no meu ferimento
revirando e retorcendo
pelo puro prazer apenas
da tortura e do tormento
até que na ponta do aço
somente a dor prevaleça
e morra o discernimento.
akira - 04/10/2010.
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nossa, mãe...
ResponderExcluirO poeta é um fingidor,
ResponderExcluirfinge tão completamente,
Que chega a fingir que é dor.....
silva (1)
ResponderExcluirpunhal de prata afiado
como se fosse furar
o bucho de um bicho
que se fizesse acuar
no mito ou no mato
pudesse ser apanhado
em pelo nos seus versos
galopando no agalopado
sem farimento na pele
sem cicatrizes na mente
a ponta desse punhal
é luz que brilha somente
para guiar no escuro
o que não vê poesia
o que pensa esquisito
e o que nem saberia
que o sabiá quando canta
canta prá nos encantar
e o punhal quando silva
silva mandando parar.
sacha arcanjo (06/10/2010).
Cortes
ResponderExcluirVasto caminho das facas
punhais, adagas, espadins
cortam o ar, minha alma
cravam suas pontas em mim
Vastos caminhos, arestas
aços brancos, brilhantes
abrem meu peito inconstante
víceras tristes malfeitas.
Vastas facas rompem, em corte
as fibras do meu amor, e
deixam-me num torpor de morte
adaga afiada, pontadas de dor.
Vastas laminas ferinas
de fio, corte certeiro
na vida são meninas
que faceiras levam desespero.
Vastas chagas, saudade
lamento, sorriso do aço
com ímpeto sagaz, maldade
sugam meu sangue, sou bagaço.
Carlos Alberto Rodrigues - 05/10/2010.
Outros punhais e outros alvos.
ResponderExcluirJoguei meu punhal de prata
No céu rubro de vergonha
Feito um raio em tempestade
Iluminando tua carantonha
Abriu-se uma gargalhada
que vem das profundas dos infernos
Riu-se com desprezo e escárnio
de ver espostas suas carnes.
A chuva voltou pro céu
o mar subiu pela montanha
O sol desabou na terra
pra ver o torpor dos seus olhos.
Chamei meu punhal de volta
que já tinha feito estrago.
Joguei uma flor no rio
pra beijar teus olhos.
Cleston Teixeira – 1981