quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sendas de Escobar, Gilberto e Akira


Se(n)da

É fina textura 
tessitura plástica
lagarta antes da borboleta
prática irresoluta
de natural desenvoltura.

É fenda e é abismo
do consórcio das sensações
borboleta depois da lagarta
que traga o ar que se farta
de entreter os corações.

É esse sentimento
que invade o interior
do cérebro e da pele
e tece a tênue teia
da beleza do amor.

Nesse vasto labirinto
da lagarta em formação
vai-se do claustro limbo
para a borboleta em ação
(a beleza do paraíso)

Escobar Franelas – 29/09/2011.

Senda
 
 
A mim não sobram rimas
a definir em qual senda
encontro o veio de tua seiva
 
garimpo e penso
e testo e tenso
descarto o anzol
com que me apensas
 
a mim não sobraram rumos
nem o mel de tuas queixas
 
Gilberto Braz - 27/09/2011.

senda (2º tratamento)

ainda que eu só tenha
olhos cegos pela venda
e só possa seguir voce
não sigo por sua senda

ainda que eu só tenha
para o amor e contendas
mãos nuas e desarmadas
de ouro, poder e rendas

ainda que a fome torture
e a sua mão me estenda
e me ofereça a sua sopa
não repouso em sua tenda

e estou cagando muito
para a placa de à venda
cagando sim, quer saber?
pros heróis da sua lenda

akira – 27/09/2011.

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