Sarau "Jataí" Com Edvaldo Santana
Sexta passada (02/9), a Casa Amarela lotou e não era para menos: o convidado do agora já tradicional sarau mensal era o indefectível Edvaldo Santana.
Lançando novo cd, "Jataí", o ex-Matéria Prima não economizou em talento e simpatia: envolveu a todos com sua poesia soberana, a voz de trovão e as mil e uma histórias de São Miguel, que só quem tem traquejo e memória pode contar.
A noite foi abrilhantada por muitos outros convivas que chegaram junto e pegaram do microfone pra encher a noite de versos. Entre os tais, Luka Magalhães, a galera do sarau d´O Umbigo (Casa de Cultura do Itaim Paulista), além de tant´outros que dignificaram a poesia brasileira com suas participações.
Edvaldo Santana é egresso da fervilhante cena underground que corre solta produzindo muita arte de qualidade desde os anos 70 na região de São Miguel, zona leste da Sampalândia. Junto com Zé (Osnofa) Afonso, Zulu de Arrebatá, Sacha Arcanjo, Akira Yamasaki, Sueli Kimura, Artênio Fonseca, Raberuan, Ceciro Cordeiro, Lígia França, Gildo Passos e outros, ajudou a dar forma ao Movimento Popular de Arte (MPA), que desde 1978 referenciou toda a produção cultural e artística na área. Seu novo trabalho é uma síntese natural da evolução de sua obra, com muita inspiração e que coteja com o que de melhor se tem feito na música popular brasileira dos últimos tempos.
O Sarau da Casa Amarela já é uma referência sobre a a criação poética atual. Realizado uma vez por mês, já recebeu entre seus convidados nomes como o de Akira Yamasaki e Ivan Néris, entre outros. Seu formato é uma mesa de debate sobre a produção literária e poética do momento. O público participa pegando no microfone e dando seu recado. Depois, o convidado especial da noite faz a leitura de alguns trechos de sua obra e interage com todos, contando sua trajetória, influência e formas de criação, entre outras curiosidades. Para o próximo evento, a realizar-se em outubro, já está confirmado o nome de Sacha Arcanjo, poeta, cantador e compositor, atual coordenador da Oficina Cultural Luiz Gonzaga, localizada no mesmo bairro.
Agora é aguardar a confirmação da data, anotar na agenda e esperar o dia.
Há braços para abraços,
Escobar Franelas.
Saudade...
ResponderExcluirAs fotografias lembram momentos nos idos de 70/80.
A alegria era a tônica lá.
E aqui também.
Quando for para São Paulo, quero dar uma chegadinha na Casa Amarela.
Parabéns, Edvaldo.
Parabéns, todo mundo que leva este trabalho tão bonito.