carlos
um boto amazônico, sedutor e sorridente, do tipo
cavaleiro andante, de nome carlos moreira passou
por são miguel
ele foi na casa de farinha, na casa amarela também
redutos santificados de poetas especiais onde sem
maiores cerimônias promoveu espantos e indagas,
mudanças de estados, crateras de incertezas e,
principalmente, semeou generosidades e fascinou
francisco xavier, joão caetano, escobar franelas,
jose vicente de lima, lígia regina, solange e sílvio
kono, sueli kimura, ronaldo ferro, silvio de araújo,
inês santos, selma e tião baia, sacha arcanjo, fábio
lima, betinho rio, gilberto braz, carmelita saraiva,
sandra dos anjos, claúdio gomes, arnaldo bispo do
rosáio, zulú de arrebatá, big charlie, jorge gregório,
francisco américo, luka magalhães, célia yamasaki,
carlos scalla, fátima bugolin, fátima andrade, celia
maria ribeiro, manogon gonçalves, sandra e
rosilena arruda e tantos que me fogem à memória,
e não contente com as presepadas que aprontou
ainda me chamou de xogum, mesmo sabedor que
sou apenas vassalo de contextos e circunstâncias
fortuitas, e destinos que desabam em nossas mãos
sem que saibamos a procedência
querem mesmo saber?, tive uma vingança quando
carlos caminhava para subir no palco da casa de
farinha com seu passo otimista de boto prestes ao
bote e ali no escuro que separa a expectativa do
tablado, crime de lesa majestade, dei-lhe um tapa
inusitado, enchi a mão, confesso, e bem dado na
sua bunda que ele por fim perdeu o rebolado por
um instante, mas foi só por um breve instante. a
seguir, carlos fala o poema "o que pode a arte num
mundo fascista", bem a calhar para os tempos em
qu estamos vivendo.
akira – 18/06/2013.
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