segunda-feira, 29 de setembro de 2014

poesia covarde


poesia covarde a minha
deu no pé no primeiro indício
da gripe que chegou chegando

febres, calafrios, diarréia
tosse, tosse, tosse furiosa
catarros com fios de sangue
tsunami de câimbras pavorosas
nas panturrilhas e região torácica
dor, dor, dor repugnante


xaxá, benzedor e curandeiro
prescreveu notuss e biprofenid
e por conta e risco receitei
spray de própolis com guaco
balas de gengibre, cravo e canela
além de chá de alho e limão

missôshiro com frango da sueli
é caldo de responsa e boto fé
por isso vou esperar mais um dia
antes de apelar para os antibióticos

sei que poesia não cura gripe
mas um mínimo de solidariedade
diante da dor seria bem-vinda

akira – 20/09/2014.

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