élcio thenório
conheci um cara incrível na casa do edsinho,
um desses tipos inesquecíveis que aparecem
de vez em quando, de quem fiquei amigo na
hóra, dessa espécie de pessoa que depois a
gente fica pensando se existe mesmo ou não
passa de um grande farsante, se é tudo isso
mesmo, um cidadão diferente que constrói a
diferença ou somente um conde falando aos
passarinhos, um herói de contos de fadas ou
talvez um solitário cavaleiro andante dos
tempos modernos lutando para preservar o
planeta;
seu nome é élcio thenório e sei por alto que
é jornalista, pratica ciclismo, cicloturismo e
cicloecoturismo e é militante da conservação
ambiental do planeta dentre outras coisas, e
atualmente está envolvido com um projeto
maluco chamado rodas livres que consiste em
dar uma volta ao mundo de bicicleta, numa
viagem de 05 anos por 05 continentes e 80
países totalizando cerca de 90 mil quilômetros
rodados;
durante a volta ao mundo o projeto rodas
livres promoverá a expansão das práticas do
cicloturismo e do uso da bicicleta e produzirá
reportagens sobre iniciativas bem sucedidas
de conservação ambiental por diferentes
povos visitados que serão disponibilizados no
blog permanente que já está no ar, o
www.rodaslivres.com.br, onde os interessados
deverão acessar para conseguir maiores
informaçoes sobre o projeto e principalmente
para ajudar com recursos para o seu sucesso;
e se tudo isso é pouco e ainda querem mais,
saibam que guardei a faceta mais fascinante
do élcio thenório, a de poeta, para o final,
onde deixo voces em companhia do belo e
delicioso poema “o vento e a itália”.
akira- 18/07/2011.
O Vento e a Itália
Um vento refresca a Itália
Embala-a qual fosse um cântico
E cheira a café-de-coador
E vem do outro lado do Atlântico
De fato a fascina, esse vento
Que traz qualquer coisa de etéreo
Que lembra feijão com arroz
E vem lá do outro hemisfério
.
A Itália, menina, adormece
Desnuda, sonhando contente
Entrega-se aos braços de um vento
Que é filho d’outro continente
Não sabe a Itália, tão pura
Que o vento tem más intenções
E dorme, ofegante e segura
Nem sente encostar-lhe uns culhões
.
Mas eis que estes são encostados
E quente é o contato cutâneo
E goza e geme a Itália
No meio do Mediterrâneo
E ficam assim, vento e Itália
Lençóis a dupla ensopa
A Itália, coitada, dormindo
E o vento envergonhando a Europa
.
No entanto é o sol moralista
E logo levanta a alvorada
A Itália desperta, confusa
Do vento ninguém sabe nada
E passam-se os anos e os séculos
Países tem gestação lenta
Mas chegam as dores à Itália
Que, incauta, ainda lamenta:
.
“Ah vento, ah vento malvado
Infame, ruim e pequeno
És maldito por teres sujado
As minhas costas no Tirreno
E não só as minhas costas sujastes
Também minha honra e meu leste
Pois ‘inda se sente o teu cheiro
De Bríndisi até a Trieste”
.
Alheio às lamúrias da Itália
O parto, porém, se inicia
Alarga-se o colo de Roma
E a Régia Calábria se amplia
A Itália, sofrendo, se agita
E um vento lhe vem à lembrança
Enquanto desponta no mundo
Sicilia, a bela criança
.
Do pai nunca mais ninguém soube
A Itália o maldiz e desdenha
Mas eis que milênios depois
Surgiu a pequena Sardenha
Porém são segredos da Itália
Que a nós não nos cabe saber
Pois negra é a noite no mar
E o dia demora a nascer.
Embala-a qual fosse um cântico
E cheira a café-de-coador
E vem do outro lado do Atlântico
De fato a fascina, esse vento
Que traz qualquer coisa de etéreo
Que lembra feijão com arroz
E vem lá do outro hemisfério
.
A Itália, menina, adormece
Desnuda, sonhando contente
Entrega-se aos braços de um vento
Que é filho d’outro continente
Não sabe a Itália, tão pura
Que o vento tem más intenções
E dorme, ofegante e segura
Nem sente encostar-lhe uns culhões
.
Mas eis que estes são encostados
E quente é o contato cutâneo
E goza e geme a Itália
No meio do Mediterrâneo
E ficam assim, vento e Itália
Lençóis a dupla ensopa
A Itália, coitada, dormindo
E o vento envergonhando a Europa
.
No entanto é o sol moralista
E logo levanta a alvorada
A Itália desperta, confusa
Do vento ninguém sabe nada
E passam-se os anos e os séculos
Países tem gestação lenta
Mas chegam as dores à Itália
Que, incauta, ainda lamenta:
.
“Ah vento, ah vento malvado
Infame, ruim e pequeno
És maldito por teres sujado
As minhas costas no Tirreno
E não só as minhas costas sujastes
Também minha honra e meu leste
Pois ‘inda se sente o teu cheiro
De Bríndisi até a Trieste”
.
Alheio às lamúrias da Itália
O parto, porém, se inicia
Alarga-se o colo de Roma
E a Régia Calábria se amplia
A Itália, sofrendo, se agita
E um vento lhe vem à lembrança
Enquanto desponta no mundo
Sicilia, a bela criança
.
Do pai nunca mais ninguém soube
A Itália o maldiz e desdenha
Mas eis que milênios depois
Surgiu a pequena Sardenha
Porém são segredos da Itália
Que a nós não nos cabe saber
Pois negra é a noite no mar
E o dia demora a nascer.
Querido Akira, um tanto embasbacado para expressar o contentamento em ler tão carinhosas palavras, redigi duas quadras e as dedico a você, de coração:
ResponderExcluirENTRE FARSANTE E CAVALEIRO ANDANTE
SIGO ADIANTE, SEM MEDO DA MORTE
MESMO DISTANTE, ERRANTE, OFEGANTE
A QUALQUER INSTANTE AFIRMO QUE É SORTE
HAVER NESTA TERRA PR’ALÉM DESTA GUERRA
POETAS E AMIGOS, ALGUM BRAÇO FORTE
QUE EM FACE O TEMOR QUE A VIDA ENCERRA
NOS SIRVAM DE GUIA, NOS MOSTREM O NORTE
Um grande abraço, meu grande poeta
Elcio