domingo, 26 de junho de 2011

Tarô

se a sorte é irmã
siamesa do azar
se juntas ajoelham
num mesmo altar
e cumprem destinos
de corda e caçamba
como diz o ditado
soberano e popular

se a sorte um dia
em seu colo se jogar
por via das dúvidas
não custa desconfiar
antes de champanhe
e rojões estourar
sua barba de molho
aconselho cozinhar

ciganas ou videntes
vão ajudar a decifrar
destinos pendentes
não custa interpretar
nas bolas de cristais
nas linhas das mãos
e nas cartas do tarô
a boa sorte e o azar.

akira – 26/06/2011.

4 comentários:

  1. Quem me conhece diz que tem coisas que só acontecem comigo. Às vezes é sorte, noutras azar. A moeda só vira de lado, mas sempre cai no meu colo.

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  2. tato

    é o poeta dominando
    o sentido da poesia
    costurando com sua linha
    estilo e filosofia
    mostra cada visual
    da foto ao negativo
    o direito e o esquerdo
    o pacato e o agressivo
    para que analisando
    o leitor veja com jeito
    o papel e a letra
    o papo e o conceito
    o modo de escrever
    do poeta ex-borracheiro
    que anima o metroclube
    com seu tato tão ligeiro.

    sacha arcanjo 28/06/2011

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  3. NO CARA OU COROA DA VIDA

    No cara e coroa do destino
    O azar e a sorte estão numa mesma moeda
    Quando a lançamos para cima
    Ficamos a torcer que a nossa preferência prevaleça na queda



    Uma queda benigna entre tantas desprezadas

    Pois na vida ninguém quer cair

    Todos imaginam o subir

    Como o sentido natural da estrada



    E agora a queda é esperada

    Para manter a subida

    Fica mais desejada

    E se faz ilusão ou sonho no tarô da vida que revela a estrada



    Assis:27/06/11

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  4. Amigo, de novo você acertou a mão, em cheio.

    Mas, para não perder a oportndiade de dar pitaco
    em quintal alheio, vou mandar duas sugestõezinhas,
    que - creio - darão ainda mais luz ao seu jogo de
    adivinhação.

    No penúltimo verso da segunda estrofe, acho que
    fica melhor "sua barba no molho" pois daria mais
    sentido ao próximo verso.

    E, no último verso, ficaria bonito fazer uma
    contração da palavra "mal" com "azar" (malazar),
    o que ajudaria, inclusive, no ritmo (quase um
    decassílabo), sem contar que criaria também uma
    palavra nova, além de um fecho com chave de
    ouro: "a boa sorte e o malazar".

    Perdoe-me a intromissão.

    Escobar Franelas.

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