segunda-feira, 4 de abril de 2011

Começou o Sarau da Casa Amarela

Instalações precárias, palco improvisado na garagem apertada da casa, equipamentos emprestados por uns e outros, e atraso porque a galera só começa a chegar mesmo depois das 21h.
Lá pelas tantas o Claudemir Santos pediu licença e silencio a todos, disse boa noite meu povo, explicou rapidamente o que era o Sarau Casa Amarela, declamou um poema, o primeiro do sarau e quando encerrou sob aplausos gerais e irrestritos, declarou o microfone aberto.
Rodrigo Marrom e Luizinho Gago Grego pegaram a deixa e mandaram ver nuns xotes e emboladas de Jackson do Pandeiro que que sacudiu os presentes. Microfone aberto, o genial rabequeiro Eder Fersant, de passagem por São Miguel para entregar umas encomendas de rabecas, voltava para Irecê no dia seguinte, comoveu com o som maravilhoso do seu instrumento e de quebra contou um causo engraçadíssimo.
A cada vez que o microfone ficava aberto, alguém o assumia. Tiago Araújo, Gilberto Alves e Ivan Néris declamaram super à vontade. Adilson Aragão cantou e contou causos deliciosos. Sacha Arcanjo e Ceciro Cordeiro também disseram presente com suas canções maravilhosas.
Quando as intervenções terminaram fiz, como estava programado, uma apresentação especial de poemas meus com a ajuda inestimável do amigo Raberuan, e depois abri para as considerações dos presentes, conforme proposta deste sarau que acontecerá na última sexta-feira de cada mês e focalizará e debaterá em cada edição o trabalho de um poeta, escritor, contista, dramaturgo ou compositor previamente definido.
E assim começamos na sexta que passou – 01/04/2011, o Sarau da Casa Amarela, na Casa Amarela/AD/IPEDESH, com participação de jovens artistas misturados aos velhos dinossauros do movimento cultural da região.
Pela amostra já pudemos perceber que neste sarau  prevalecerão as conversas e os debates porque já passava da meia noite, as discussões continuavam acaloradas e ninguém queria arredar pé da casa. Poesia escrita, poesia falada e musicada, popularização da poesia, forma, conteúdo, contextos, conceitos e políticas culturais, as intervenções pareciam jorros de reflexões há muito represadas, o que evidencia a carencia de eventos que façam essa discussão.
Pela amostra o Sarau da Casa Amarela promete. O próximo convidado especial é o poeta, escritor, compositor e baixista Tiago Araújo.

Akira Yamasaki – 02/04/2011.

5 comentários:

  1. Carlos Alberto - Zelador do Brooklin4 de abril de 2011 às 04:33

    O Sarau que não fui



    Queria ir ao sarau que você me convidou

    Não deu! Minha placa me bloqueou

    O congestionamento me desanimou

    Chegaria lá só depois que tudo se acabou

    Bebi umas três talagadas de uma amargosa de matar

    Pro meu já parco humor poder voltar.

    Queria ir lá, com minha maquineta, pra poder filmar

    O Raberuan com sua musica

    O Akira e seus belos poemas

    Sacha Arcanjo, não preciso nem comentar

    Seu Eder e sua rabeca de tocar

    Emboladores e outros populares artistas

    A declamar suas letras, sues "causos" seus temas.

    Queria ir ao sarau que você me convidou.

    Não deu! A cidade parou

    Agora esta em mima tristeza porque tudo isto eu perdi

    Sei que teve poesia e cantoria muito boas

    A arte, começou na sexta já era tarde da noite

    e foi indo até encantar o sereno da madrugada.

    Queria ir ao sarau que você me convidou

    Não deu!

    Vou trocar de placa,

    Vou trocar de emprego

    Quem sabe trocar ate casa

    Mas no próximo sarau eu vou... seja de que forma for

    Nem que seja de disco voador.



    04/04/2011

    7:48

    Itamambuca

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  2. Inveja boa desse movimento bacana de vocês. Vida longa aos saraus da Casa Amarela!!!

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  3. NÊGO VÉIO, SENTI SAUDADES AO LÊ SUA NARRATIA, ESSAS ADIVIDADES DA VELHA E NOVA MOÇADA É UMA DAS POUCAS COISAS QUE FICOU GUARDADO NO MEU VELHO PEITO. GRANDE ABRAÇO FRATERNO. ROBSON.

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  4. Q massa!!! É nestas hrs q eu queria q São Paulo fosse mais perto de Salvador. rsrs. Sucesso ai!
    Ieda Rodrigues.

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  5. Parabéns pela iniciativa, nos próximos quero tb fazer uma história. abraço.
    Carlos de Godóy.

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