parece dormir
parece que vai
acordar
akira - 19/11/2011.
sábado, 19 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Sarau com Cláudio Gomes, por Luka Magalhães
Repleto de mansidão, Cláudio Gomes abrilhantou
mais um Sarau da Casa Amarela, contando suas
histórias e lembranças, mostrando-se não como
“mais um poeta popular”, mas sim como artista
comprometido com a disseminação dos
movimentos culturais na grande cidade.
Lembrou-se de como o Grupo CANTO (que não
cantava) se apropriava de um canto da casa de
Severino do Ramo, para entender e aprender
sobre poetas, estilos e muito mais.
Descontraído, Claudio demonstrou todo o seu
orgulho em morar no Parque Boturussu em boa
parte da sua vida e sobre as influências ali
recebidas pelas novas gerações de amantes da
Literatura.
Mais uma vez, a CASA AMARELA foi agraciada por
um grande momento de descontração e lazer
cultural que valeu à pena presenciar.
Luka Magalhães – 12/11/2011.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Saraus, Cláudios, Raberuans e Severinos
meu querido amigo cláudio gomes, peço desculpas,
não vi o seu sarau que era o mais aguardado de
todos na casa amarela, pela possibilidade única de
conhecermos os bastidores da carpintaria poética e
o grande caldeirão de referencias culturais de um
poeta que exibe uma obra singular e da mais alta
qualidade, que não pode ser colada no rótulo de
nenhuma escola ou movimento que eu conheço;
não vi o seu sarau porque apesar de presente de
corpo, minha cabeça estava pesada e muito longe,
na noite anterior, quando fizemos uma correria
maluca debaixo do dilúvio da quinta-feira, de
ermelino até o centro sem conhecer o trajeto, para
internar raberuan no hospital brigadeiro, ligando
como um doido várias vezes para o edsinho, pelo
celular para garantir imediato atendimento na
chegada à emergencia e pedindo pelo amor de
deus para que ele não empacotasse no carro, sem
discernimento, sem lucidez e sem ajuda;
não vi o seu sarau, meu querido cláudio gomes,
porque se por si só a sua poesia parece simples e
fácil, - parece, não fossem as armadilhas por trás de
cada vírgula inofensiva, não fossem os amazonas e
os atlânticos por trás da palavra singela, não fosse o
buraco na camada de ozônio acima do céu claro e
azul, não fossem os motivos verdadeiros embaixo
dos motivos aparentes, e não fosse o corpo curvado
sob o peso infame da dor indignante numa maca de
enfermaria, não fosse o chôro e o vômito retornando
do muro da garganta quando o entendimento pifa
como bolha de sabão e abandona os olhos do
pássaro inquietante;
vi e não vi os seus poemas, cláudio gomes, ouvi mas
não ouvi as histórias deliciosas da sua infância no
parque buturussú e na vila itaim, os seus primeiros
passos nas letras, o teatro de rua, o grupo canto, o
mpa e o severino do ramo, meu deus, o severino do
ramo que merece uns dez saraus da casa amarela só
para ele. Um beijo, meu irmão.
akira – 15/11/2011.
domingo, 13 de novembro de 2011
Jeito de estrela, com Raberuan
o áspero metal
da voz de raberuan
é suave às vezes
suavidade
de áspera ternura
akira - 13/11/2011.
da voz de raberuan
é suave às vezes
suavidade
de áspera ternura
akira - 13/11/2011.
sábado, 5 de novembro de 2011
(p/ aldo cabral, cícero nunes e isaura gracia)
reconheci teu nome de cara
no email na caixa de entrada
levei um susto e perdi a fala
com tua presença inesperada
passado o choque da surpresa
constatei pela minha reação
nossa relação de amor e ódio
ainda abalava o meu coração
debaixo das cinzas apagadas
ainda ardia o fogo da paixão
que eu julgava ter superado
depois da última separação
onde fiquei chorando na chuva
xingado com os piores nomes
humilhado, chega, nunca mais
nem se eu fosse o único homem
e torturado por cruel indecisão
fiquei sofrendo por vários dias
entre as teclas enter e delete
não sabia se abria ou não abria
mas por fim pelo não pelo sim
pois no fim sobraria para mim
somente lágrima e sofrimento
resolvi à incerteza dar um fim
então para nunca mais chorar
para todo o sempre te eliminei
para nunca mais lembrar de ti
da caixa de entrada te deletei.
akira – 05/11/2011.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Cantoria para Tião Soares
Casa Amarela promove
CANTORIA PARA TIÃO SOARES
(porque Tião é importante e faz a diferença)
Data 15/11/2011
Horário 15h
Local Casa Amarela
Rua Julião Pereira Machado, 07
(rua da Escola Hugo Takahashi)
São Miguel Pta – São Paulo
Entrada 01 kg de abraços não perecíveis
01 kg de sorrisos retornáveis
01 kg de amizade sustentável
Akira Yamasaki
Sueli Kimura
Escobar Franelas
Claudemir Santos
Raberuan
Cláudio Gomes
Casa Amarela, 02/11/2011.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Meu amigo Tião Soares, por Sueli Kimura
Acredito que todo o ser humano se depara em alguns momentos com encruzilhadas onde tem que decidir que rumo dar a sua vida.
Estava eu levando uma vida confortável - filhos adultos, chá com as amigas, algumas viagens, idas ao shopping, mas bastante incomodada com a situação quando surgiu Tião Soares e me colocou numa dessas encruzilhadas.
Certa noite, o Akira talvez cansado de me ver criar projetos e não conseguir executá-los por não encontrar interlocutores, se utilizou de um estratagema e me levou a uma reunião comandada por Tião e seu fiel escudeiro Pedro Neto (de quem ainda pretendo falar neste blog).
Fui cheia de má vontade, já tinha ouvido falar da atuação da Fundação Tide Setúbal em São Miguel, mas tais assuntos não me interessavam mais. A reunião continuou e as palavras foram entcontrando ressonância no meu cérebro de tal maneira que saí de lá entusiasmada falando pelos cotovelos com o Akira, mas ele, reconhecendo uma certa bipolaridade que me ataca às vezes e não querendo arriscar, me convenceu a participar de novo encontro dali a 15 dias e pacientemente me acompanhou durante quase um ano às reuniões quinzenais de formação comandadas pelo Tião.
As reuniões eram enriquecedoras, encontrei em Tião e no Pedro os interlocutores que tanto havia procurado. Deram visibilidade e credibilidade a mim e às minhas idéias, se tornaram meus parceiros e tiveram participação definitiva na minha talvez derradeira escolha.
Desde então tenho participado diretamente ou acompanhado à distância as peripécias de Tião Soares e sua equipe, reconhecendo sempre a enorme importancia de sua ação na vida cultural de São Miguel Paulista.
Eis que, num certo dia, recebo a notícia de que Pedro Neto havia deixado a Fundação, pronto, o sinal de alerta soou no meu cérebro, mas Tião ainda estava lá firme e forte. Era o que eu pensava.
De repente, não mais que de repente, Tião Soares é demitido da Fundação.
Tião subtraido da Fundação é uma matemática que não consigo compreender.
São Miguel perderá um grande aliado, mas penso que a perda maior será da própria Fundação que não contará mais com o seu incansável articulador.
Substituirão por outro profissional (de novo a lógica), afinal ninguém é insubstituível. Será?
Na minha modesta opinião, paixão, dedicação e lealdade somados à evidente competência são itens difíceis de encontrar no mercado, portanto insubstituíveis.
Já eu, egoistamente sinto que perdi um porto seguro a quem recorria para me reabastecer de cultura, energia e de abraços sempre disponíveis e calorosos.
Sueli Kimura – 31/10/2011.
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