a vida prolongada
em tubos, fios artificiais
e instrumentos de precisão
que injetam quantidades
exatas de oxigenio
alimentos e remédios
para controle da dor
- meu deus, da dor
já é uma espécie de morte
se o corpo agora
inanimado e horizontal
pendura-se em raízes
de plástico e metais
submissas aos mais rígidos
procedimentos e protocolos
de limpeza e higiene
estreita-o ao colo a alma
pássaro etéreo e hesitante.
akira.
30/04/2010.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
Cláudio Gomes
Espera um pouco.
Não confunda alhos com bugalhos nem Jesus com Genésio.
É preciso separar sempre o joio do trigo.
Se o bem e o mal existem, Cláudio Gomes é do bem.
Nessa vida de divididas às vezes ingratas é difícil encontrar
um cara mais honesto e correto que ele.
Ninguém duvide disso.
Akira.
Não confunda alhos com bugalhos nem Jesus com Genésio.
É preciso separar sempre o joio do trigo.
Se o bem e o mal existem, Cláudio Gomes é do bem.
Nessa vida de divididas às vezes ingratas é difícil encontrar
um cara mais honesto e correto que ele.
Ninguém duvide disso.
Akira.
Éter
O homem que há em mim
Habita o ingênuo clown
Copia o menino que fui,
modela o velho que rui
Insiste em ficar sãun
Menino que há em mim,
chispante anjo fedelho,
grisalha em vários tons
Quando se vê no espelho
A vida marca assim
Fulgáz onda ao vento
O ser que habita em mim,
canta in vários sons
Sem documentos nem lenços
Anjo que voa em mim
Menino velho ligeiro
Sopra o vento do fim, flutua / cisca, inteiro
O homem que há em mim
Habita o ingênuo clown
Copia o menino que fui,
modela o velho que rui
Insiste em ficar sãun
Menino que há em mim,
chispante anjo fedelho,
grisalha em vários tons
Quando se vê no espelho
A vida marca assim
Fulgáz onda ao vento
O ser que habita em mim,
canta in vários sons
Sem documentos nem lenços
Anjo que voa em mim
Menino velho ligeiro
Sopra o vento do fim, flutua / cisca, inteiro
Cláudio Gomes.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Drácula, de Claudemir Santos (Imperdível Ensaio aberto)
Sábado, dia 24 de Abril, as 20h30, acontecerá o ensaio aberto de "Drácula", na Luiz Gonzaga.
O espetáculo que estréia dia 01 de Maio e inicia sua temporada dia 15 de Maio realizará um ensaio aberto dia 24. A idéia deste ensaio é mostrar ao publico um "making off" do espetáculo. Será como se todos chegassem ao ensaio, com direito a erros de cena, discussões sobre cenas e sentidos, explicações e criação de cenas ao vivo.
O bacana deste tipo de apresentação, é que o público terá a oportunidade de vivenciar um pouco do processo de criação adotado pelo grupo em seus trabalhos, onde o bom humor, as referências culturais e as opiniões criam um clima de criatividade, descontração e polêmica entre os participantes do processo.
O objetivo da apresentação também visa conhecer a reação do publico diante de algumas idéias que serão inseridas no resultado final do espetáculo.
Entrada Franca.
DRACULA - ENSAIO ABERTO
SABADO - 24 04 - 20H30
OFICINA CULTURAL LUIZ GONZAGA:
RUA AMADEU GAMBERINI, 259 - SÃO MIGUEL
INFORMAÇÕES: claud-santos@hotmail.com
POSTAGEM DE CLAUDEMIR SANTOS.
O espetáculo que estréia dia 01 de Maio e inicia sua temporada dia 15 de Maio realizará um ensaio aberto dia 24. A idéia deste ensaio é mostrar ao publico um "making off" do espetáculo. Será como se todos chegassem ao ensaio, com direito a erros de cena, discussões sobre cenas e sentidos, explicações e criação de cenas ao vivo.
O bacana deste tipo de apresentação, é que o público terá a oportunidade de vivenciar um pouco do processo de criação adotado pelo grupo em seus trabalhos, onde o bom humor, as referências culturais e as opiniões criam um clima de criatividade, descontração e polêmica entre os participantes do processo.
O objetivo da apresentação também visa conhecer a reação do publico diante de algumas idéias que serão inseridas no resultado final do espetáculo.
Entrada Franca.
DRACULA - ENSAIO ABERTO
SABADO - 24 04 - 20H30
OFICINA CULTURAL LUIZ GONZAGA:
RUA AMADEU GAMBERINI, 259 - SÃO MIGUEL
INFORMAÇÕES: claud-santos@hotmail.com
POSTAGEM DE CLAUDEMIR SANTOS.
Bola e pião
no auge da paixão intensa
ocorre a cegueira da razão
por onde vaza o ponto de luz
também penetra a escuridão
sou poeta e só pertenço
aos desmandos do coração
dores do mundo rodopiam
na palma da minha mão
meu pai dizia sempre
esse mundo é uma bola
girando no eixo de si mesmo
se mais rola mais me enrola
um brinquedo de criança
o mundo é mesmo um pião
uma ponteira imaginária
equilibra a sua rotação.
akira.
ocorre a cegueira da razão
por onde vaza o ponto de luz
também penetra a escuridão
sou poeta e só pertenço
aos desmandos do coração
dores do mundo rodopiam
na palma da minha mão
meu pai dizia sempre
esse mundo é uma bola
girando no eixo de si mesmo
se mais rola mais me enrola
um brinquedo de criança
o mundo é mesmo um pião
uma ponteira imaginária
equilibra a sua rotação.
akira.
domingo, 18 de abril de 2010
Agenda Metrô (2)
6º Encontro das Oficinas de Itaquera
16/04/2010 - 07h30, Auditório do Pátio de Manutenção do Metrô de Itaquera. Aventais e macacões cinzentos, azuis e verdes. Mecânicos, eletricistas, ajudantes, aprendizes, estagiários, técnicos e engenheiros.
Umas 130 pessoas, a maioria homens, reunidos para o 6º Encontro do PRI – Programa de Relacionamento e Integração das Oficinas de Itaquera e cenário de uma das maiores emoções que senti na minha vida.
Nessa 6ª edição, a Comissão do PRI resolveu inovar no formato do desenvolvimento da atividade e introduziu alguns diferenciais importantes:
1) substituiu o modelo expositivo e didático dos anos anteriores, com apresentações de palestrantes com fórmulas acabadas, por um modelo de interação que subverteu a relação palco/platéia e colocou todos os empregados em cena, como atores e personagens de um enredo comum a todos;
2) promoveu a discussão e a reflexão do tema central do 6º Encontro, por meio de atos de criação artística, com realização de oficinas de escultura, pintura, dança, fotografia, rítmo/percussão, arte/artesanato, pintura, música e literatura;
3) promoveu a valorização dos empregados do departamento utilizando como instrutores/monitores das oficinas, funcionários que realizam em paralelo às suas funções na empresa, atividades artísticas no seu dia a dia.
Todas as oficinas de arte tinham o tema “Como enfrentar as diferenças unidos” e o tempo de realização era de uma hora e meia. Ao fim desse prazo os grupos teriam que apresentar os produtos das oficinas no palco do auditório.
Não sei porque cargas d’água, talvez porque vez por outra cometo alguns versos, coube-me realizar a Oficina de Literatura e confesso que tremi nas bases por nunca ter participado de/ou ministrado qualquer atividade de criação literária. Tenho certeza que sozinho não conseguiria e por isso implorei ajuda a Dona Sueli Kimura, ao meu chapa Raberuan e fui com um boi para o sacrifício.
Ainda bem porque foi uma das maiores emoções da minha vida quando assisti no palco à teatralização do texto criado coletivamente na oficina. Texto tosco, pobre, sem nenhuma carpintaria e que dizia somente o que queria dizer, mas o texto mais bonito que vi na minha vida.
Enquanto assistia tentei disfarçar algumas lágrimas furtivas.
Akira Yamasaki.
18/04/2010.
16/04/2010 - 07h30, Auditório do Pátio de Manutenção do Metrô de Itaquera. Aventais e macacões cinzentos, azuis e verdes. Mecânicos, eletricistas, ajudantes, aprendizes, estagiários, técnicos e engenheiros.
Umas 130 pessoas, a maioria homens, reunidos para o 6º Encontro do PRI – Programa de Relacionamento e Integração das Oficinas de Itaquera e cenário de uma das maiores emoções que senti na minha vida.
Nessa 6ª edição, a Comissão do PRI resolveu inovar no formato do desenvolvimento da atividade e introduziu alguns diferenciais importantes:
1) substituiu o modelo expositivo e didático dos anos anteriores, com apresentações de palestrantes com fórmulas acabadas, por um modelo de interação que subverteu a relação palco/platéia e colocou todos os empregados em cena, como atores e personagens de um enredo comum a todos;
2) promoveu a discussão e a reflexão do tema central do 6º Encontro, por meio de atos de criação artística, com realização de oficinas de escultura, pintura, dança, fotografia, rítmo/percussão, arte/artesanato, pintura, música e literatura;
3) promoveu a valorização dos empregados do departamento utilizando como instrutores/monitores das oficinas, funcionários que realizam em paralelo às suas funções na empresa, atividades artísticas no seu dia a dia.
Todas as oficinas de arte tinham o tema “Como enfrentar as diferenças unidos” e o tempo de realização era de uma hora e meia. Ao fim desse prazo os grupos teriam que apresentar os produtos das oficinas no palco do auditório.
Não sei porque cargas d’água, talvez porque vez por outra cometo alguns versos, coube-me realizar a Oficina de Literatura e confesso que tremi nas bases por nunca ter participado de/ou ministrado qualquer atividade de criação literária. Tenho certeza que sozinho não conseguiria e por isso implorei ajuda a Dona Sueli Kimura, ao meu chapa Raberuan e fui com um boi para o sacrifício.
Ainda bem porque foi uma das maiores emoções da minha vida quando assisti no palco à teatralização do texto criado coletivamente na oficina. Texto tosco, pobre, sem nenhuma carpintaria e que dizia somente o que queria dizer, mas o texto mais bonito que vi na minha vida.
Enquanto assistia tentei disfarçar algumas lágrimas furtivas.
Akira Yamasaki.
18/04/2010.
Agenda Metrô (1)
CESTA DE ARTES NA SEXTA
Realizo com entrada gratuita, uma sexta-feira por mês no Metroclube, onde trabalho, o Projeto Cesta de Artes na Sexta, evento que tem por objetivo promover um espaço de expressão para artistas metroviários nas mais diversas linguagens da arte (poesia, teatro, música, dança, artes plásticas e outros), e assim como, proporcionar momentos de recreação sadia e integração da família metroviária por meio de eventos culturais. Já é o terceiro ano de projeto.
Em cada Cesta na Sexta, ao lado dos artistas metroviários apresento também, convidados especiais que sempre enriquecem e alargam os horizontes do projeto. Por seu palco já passaram, por exemplo, nomes do quilate de Raberuan, Gildo Passos, André Marques, Gilberto Braz, Comunidade do Cafofo e Cleston Teixeira e Osnofa.
No dia 09/04/2010, a partir das 19h, o palco do Cesta na Sexta foi ocupado pelo Eletricista de Manutenção do Metrô, Ronelson Martins, o popular Pelezinho, que nas horas vagas é Presidente da Comunidade Samba Jorge da Vila Curuçá, entidade que além de resgatar e preservar as raízes culturais do samba,faz do samba um instrumento de integração comunitária e desenvolvimento de projetos sociais para melhoria de qualidade de vida.
E como é de praxe, nesta sexta-feira o Cesta na Sexta recebeu um convidado muito especial: o carismático cantor e compositor Sacha Arcanjo, devidamente escoltado pelos chapas Marcelo Valença, Nando Z e Rodrigo Marrom.
Poderia puxar a sardinha para a minha brasa e dizer que o evento “bombou”, mas deixo que as fotos falem por si.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Verdades
tudo bem, eu menti pra voce
menti, menti, admito que sim
mas há verdades, meu amor
que eu não conto nem pra mim.
akira.
menti, menti, admito que sim
mas há verdades, meu amor
que eu não conto nem pra mim.
akira.
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