terça-feira, 16 de julho de 2013

Aconteceu no 15º Sarau da Casa Amarela

Armadilhas

Música: Éder Vicente
Letra: João Caetano do Nascimento
Voz: Lígia Regina

Meu coração às vezes se assemelha
A um corcel selvagem em pleno trote
Que busca fulgor distante, centelha,
Sonho que o açoita feito um chicote.

Meu coração cumpre em regra sua sina
De buscar aquilo que não se alcança
E quanto mais o impossível o fascina
Com mais ardor ao desafio se lança.

Meu coração tem jeito de criança
Que está perdida na selva do engano
Mas ainda cultiva a flor da esperança
De resgatar o sentido do humano.

Meu coração vive eterno castigo
De morrer enredado nesse jogo
Onde ele enfrenta tantos perigos
E cada vitória é sempre um logro

Meu coração sofre fatal doença
O brincar nas armadilhas da arte
Por ela o drama da vida compensa
E minha ilusão sem fim se reparte.

30/05/2013 – João Caetano.

2 comentários:

  1. Lírica, cativante e adocicada na medida para degustação!

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  2. O poema já continha melodia própria quase a saltar para fora dos versos de João Caetano!!!

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