Pedro
Quando voce nasceu
Meu leite empedrou
Quando voce tossiu
A luz apagou
Não te queria em mim
Quanta maldade
Para te acordar
Filho desnaturado
Perdão dos meus pecados
Tinhas de vingar
Pedro
Depois voce cresceu
Virou uma pedra
Então voce partiu
E não deixou pistas
Como eu te quis em mim
Quanta ternura
Para te ninar
Filho aventureiro
Meu sonho derradeiro
Vem me acordar.
Raberuan
1981.
Em que rua tu moras
Toda praça é seu quintal
Pedro que ama as amoras
És rebento fruto carnal
Espírito que o vento atiça
Fogo alma fagulha menino
Sapeca espanta a preguiça
Redemoinho gira traquino
Espoleta pipoca no pulo
Seu sorriso levanta a torcida
Alegra até mesmo o gol nulo
Pedro tu és pedra com vida
Gira a terra nosso planeta
E o menino gira montado
Abre a boca, ri e faz careta
Nosso menino Deus encantado.
André Marques.
2009.
É muito boa a sensação de proximidade de seu trabalho, pensamento, comentários, memórias e poesias. Sinto muito a falta de conhecer seus textos - uma vez que sua pessoa conheço e admiro um pouco mais a cada encontro nosso nas ruas da arte. Bem vindo ao universo digital, Akira. Abraços, nego!
ResponderExcluir