domingo, 13 de dezembro de 2009

Dois poetas e dois Pedros

Pedro
Quando voce nasceu
Meu leite empedrou
Quando voce tossiu
A luz apagou
Não te queria em mim
Quanta maldade
Para te acordar
Filho desnaturado
Perdão dos meus pecados
Tinhas de vingar

Pedro
Depois voce cresceu
Virou uma pedra
Então voce partiu
E não deixou pistas
Como eu te quis em mim
Quanta ternura
Para te ninar
Filho aventureiro
Meu sonho derradeiro
Vem me acordar.

Raberuan
1981.




Em que rua tu moras

Toda praça é seu quintal

Pedro que ama as amoras

És rebento fruto carnal


Espírito que o vento atiça

Fogo alma fagulha menino

Sapeca espanta a preguiça

Redemoinho gira traquino


Espoleta pipoca no pulo

Seu sorriso levanta a torcida

Alegra até mesmo o gol nulo

Pedro tu és pedra com vida


Gira a terra nosso planeta

E o menino gira montado

Abre a boca, ri e faz careta

Nosso menino Deus encantado.


André Marques.
2009.

Um comentário:

  1. É muito boa a sensação de proximidade de seu trabalho, pensamento, comentários, memórias e poesias. Sinto muito a falta de conhecer seus textos - uma vez que sua pessoa conheço e admiro um pouco mais a cada encontro nosso nas ruas da arte. Bem vindo ao universo digital, Akira. Abraços, nego!

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