domingo, 7 de dezembro de 2014

aconteceu no 30º sarau da casa amarela (1)


um sol de intensa generosidade e pleno de clarezas e
claridades veio a casa amarela ontem. um imenso e
comovente sol de simplicidades, amizades e afetos
sinceros se hospedou por várias horas ontem na casa
amarela durante o sarau que homenageou o cantor e
compositor antonio marcos. foi o sol da poesia maior
que escolheu a casa amarela ontem para morar e
tornar a todos que fomos atingidos por seus raios em
pessoas melhores hoje. foi um sol raro e único de
poesia especial e essencial que chegou no início da
tarde e se foi na boca da noite mas enquanto durou a
sua estadia por aqui, a nós pobres mortais só restou
aplaudir como súditos diante da sua rainha. só para
constar - o nome do sol que esteve por aqui ontem é
zélia guardiano.


akira - 01/120/2014.
(as fotos são de luka magalhães).


cabras de baquirivú na área (1)


5ª feira à noite estavávamos ensaiando para o show dos cabras
de baquirivú no dia 05/12/2014 às 20h, na casa de farinha (rua
santa rosa de lima, 1341, são miguel paulista - são paulo, altura
do nº 1832 da av marechal tito), com ingressos a R$10,00, para
levantar uma grana para realização de uma pequena reforma na
casa amarela. lá fora, na noite tensa da curuçá, o bicho tava
pegando feio e o medo atravessava as ruas, fechava as portas
das casas e não se enxergava uma alma viva se esgueirando
pelas sombras. toque de recolher e temores apreensivos à parte –
todo mundo ligando para os filhos para saber se todos estavam a
salvo, o ensaio seguiu tranqüilo mas com picos de overdoses de
emocionante criatividade musical para preparar as canções do
repertório. do cardápio poético e musical servido ontem neste
ensaio vou oferecer apenas um tira-gosto para deixar as minhas
comadres e meus compadres com água na boca para apreciar o
restante dos quitutes dos cabras de baquirivú no dia 05/12.

hasta la vista, babys.

akira – 01/12/2014.

oliveiras blues

autoria:

francisco xavier
ronaldo ferro
fernando tavares
akira yamasaki

violão e voz ronaldo ferro
violão jose carlos guerreiro
baixo francisco xavier
percussão silvio kono
filmadora clarice yamasaki

porque cheguei tarde
tomei um fora da minha nega
baby, bebi é verdade
agora, nega, não vou negar

no tapete da sala dormindo aprendi
que o homem sem amor é nada
não sou mais o mesmo
a alegria foi despejada

baby, bebi é verdade
agora, nega, não vou negar
moro bem longe pertinho do fim
moro na periferia de mim

daniel


o sarau da casa amarela que acontecerá domingo
que vem - dia 30/11/2014, a partir das 15h, e fará
uma singela porém emocionante homenagem ao
cantor e compositor antonio marcos, receberá com
muito afeto e alegria, o escritor daniel lopes que
fará na ocasião o lançamento do seu novo romance,
o tão aguardado "delicadeza dos hipopótamos". no
mesmo dia faremos também o lançamento do novo
livro de poesias, o "caderno de desapontamentos",
de autoria de zélia guardiano, poeta da estirpe dos
baitas. o endereço da casa amarela é rua julião
pereira machado, 07, em são miguel paulista (rua
do colégio hugo takahashi e próximo à sabesp).
então é assim: quem chegar será bem chegado e
quem vier será bentivindo - venha e traga a sua
emoção e a sua alegria, traga a sua canção e a sua
poesia.


sobre daniel

"Poucas obras merecem ocupar um lugar na linha tênue
que une os dois pontos de uma antítese, A Delicadeza dos
hipopótamos, sem sombra de dúvidas é uma delas.
O lugar, termo que ao mesmo tempo pode ser palpável e
subjetivo, dentro da obra é a mistura da místico-mítica
aldeia de Tamar, o bar de Mariano e o interior das
personagens, principalmente do protagonista Léo. Jovem
que ao regressar para seu espaço físico natal desenterra
acontecimentos de dentro do âmbito das sensações e
sentimentos, estes como já é sabido, acontecem sempre
no agora.
O foco narrativo desenvolvido por Daniel Lopes e
conduzido por seu narrador-personagem é uma belíssima
colcha de retalhos que abriga em si presente e passado
sem perder o ponto na costura.
Desde o seu Pianista Boxeador (2011), talvez por conta da
sua ascendência mineira, o autor traz à tona o principal
conflito Barroco: Corpo versus Alma. Mas isso de maneira
alguma soa retrógrado. Por meio dos monólogos interiores
de Léo, o leitor é presenteado com um dos pontos de maior
vigor do estilo de Lopes: A junção do ensaio com a
capacidade de narrar sem deixar pendência nenhuma em
ambos os pontos. Observando a obra do ponto de vista
externo é possível saborear o arsenal intelectual do escritor,
o qual abarca: Música clássica, pintura, filosofia, canções
populares, além da própria literatura.
Tudo a serviço da obra, sem artificialidade!
Você não percebeu, mas chegamos à rodoviária e o ônibus
para Tamar sairá ao abrir a primeira página desta obra.
Ao longo do itinerário, não tire os olhos da janela, pois ela
pode se confundir com o espelho que reflete as profundezas

da alma humana.

fernando rocha."

um poema no ar


rapáááá! que muito louco, ô meu. óiaí um poema meu no
projeto "um poema no ar" da rádio comunitária campeche,
de floripa. e ainda mais um poema meu interpretado pela
superpoeta e supemusa bianca velloso, que quando fala
insere novos conceitos, significados e sensibilidades antes
insuspeitos e inexistentes no texto. obrigado, maravilhosa
equipe da rádio comunitária campeche, vocês realmente
conseguiram atordoar de emoção o coração de um japinha
que já passou do tempo das paixões mais fortes. obrigado,
comadre bianca velloso, daqui do coração do oliveiras no
itaim paulista, envio a ti um grande abraço de amizade e
gratidão. 


akira - 24/11/2014.

casa amarela e casa de farinha convidam para um baita show com os cabras de baquirivú


comadres e compadres, atenção: tendo em vista
levantar uma grana para uma pequena reforma em
dezembro e início de janeiro na casa amarela, para
proporcionar melhores condições de conforto e
segurança aos usuários deste espaço cultural, as
casas de farinha e amarela farão realizar um baita
show musical com os cabras de baquirivú na casa
de farinha, no dia 05/12/2014, a partir das 20h,
com convites no valor de R$10,00. não tenho uma
dúvida sequer de que será uma baita show dos
cabras de baquirivú que já estão ensaiando a todo
vapor para este evento, um rico repertório com
algumas canções do cd "oliveiras blues" que será
gravado pelos cabras no início de 2015 e algumas
canções de jose carlos guerreiro, compositor e
poeta do sarau da maria que também participará
e enriquecerá a performance dos cabras. se você
não acredita no que digo veja então a seguir, uma
pequena amostra do que vai rolar no dia 05/12,
no vídeo feito por selma sarraf bizon com seu
celular esperto durante ensaio na sexta passada.


senda

música: francisco xavier e ronaldo ferro
letra: akira yamasaki
guitarra e voz: ronaldo ferro
violão: josé carlos guerreiro
percussão: francisco américo
teclado: joaquim lima


ainda que eu só tenha
olhos cegos pela venda
e só possa seguir você
não sigo por sua senda

ainda que eu só tenha
para o amor e contendas
mãos nuas e desarmadas
de ouro, poder e rendas

ainda que a fome torture
e a sua mão me estenda
e me ofereça a sua sopa
não durmo em sua tenda

e tô cagando muito pra
placa de compra e venda
cagando sim, quer saber?
pros heróis da sua lenda

aconteceu no encontro de saraus no ceu curuçá


momento especial no encontro de saraus no ceu curuçá no
dia 23/11/2014 que aconteceu durante interferência musical
dos cabras de baquirivú no evento que reuniu as na ocasião
o sarau força jovem da vila mara, o sarau do ceu curuçá, o
sarau da casa amarela, além do grupo itá de poesia. aqui, a
poeta e cantora janete amaral interpreta "nóia 5", de tarcísio
hayashi e akira yamasaki.


nóia (5)

música: tarcísio hayashi
letra: akira yamasaki
voz:  janete amaral 


arranjos e acompanhamento: cabras de baquirivú
violão: ronaldo ferro
guitarra: joaquim lima
baixo: francisco xavier
(vídeo de rosinha morais)



não roda mais no gira-gira
não brinca mais na gangorra
nem sobe na casinha do tarzã
só restou o silêncio agora

não trepa mais nas árvores
não canta mais com pássaros
não aposta corrida com o vento
só restou o silêncio agora
não teme mais a morte

não teme mais a vida
não teme mais o pesadelo
só restou o silêncio agora
agora não existe mais a dor

agora não existe mais espaço
agora não existe mais tempo
só restou o silêncio agora

zélia


então eis um imenso poema de zélia guardiano
que virá ao sarau da casa amarela de domingo
que vem - dia 30/11/2014, a partir das 15h,
para autografar seu novo e aclamado livro de
poesias, "caderno de desapontamentos". neste
dia faremos também o lançamento do romance
"delicadeza dos hipopótamos", de daniel lopes,
além de uma singela homenagem ao cantor e
compositor antonio marcos. a casa amarela fica
nas rua julião pereira machado, 07, em são
miguel paulista (rua do colégio hugo takahashi e
próximo à sabesp). então é isso aí, alguém vai
ter coragem de perder?


CHUVA À MODA ANTIGA

Chove
Uma chuva
Enérgica

Parece-me
Que houve
Assembleia
Dos nimbos
Em que se decidiu:
Vamos entristecer
A Zélia

[Porque chuva
Que faz
Escurecer o dia
Sempre me causou
Melancolia

(Mas tenho consciência:
Não procede
Este melindre
Em tempo de seca)]