skip to main |
skip to sidebar
resenha de alexandre kishimoto sobre o blablablá de 22/04/2014.
Sábado tive a alegria de conhecer o coletivo da A Casa Amarela - Espaço Cultural,
que reúne escritores, músicos, educadores, cineastas e pensadores da
região de São Miguel Paulista. Encontrei gente de várias idades, conheci
pessoas incríveis e pude reencontrar professores da rede pública da ZL - Inês Santos, Josafá Pereira da Silva, Célia Carvalho e Zulu de Arrebatá
- que nos anos 2000 participaram comigo de uma experiência de
apropriação do audiovisual nas escolas (foi neste contexto que conheci o
grande cineclubista João Brito).
Conversamos sobre muitos
assuntos, como a formação de público para a produção audiovisual
independente, o papel dos educadores e alunos neste processo, a exibição
de filmes como ato coletivo, ritual e reflexivo, a pesquisa sobre as
salas de cinema japonesas do bairro da Liberdade, e o desafio de
mobilizar os talentos da região (músicos, escritores, atores,
fotógrafos, realizadores de audiovisual) para se contar, por meio de
imagens e sons, as histórias locais.
Desde 2000 venho
percebendo uma revolução cultural em curso, produzida por coletivos nas
periferias urbanas de São Paulo. Saraus literários, grupos de teatro,
apresentações musicais, hip hop, publicação e lançamento de livros de
autores de várias regiões da cidade, produção e exibição de vídeos
locais, reflexões, debates e construções colaborativas. Essa
revitalização cultural é obra de coletivos como este da Casa Amarela que
funcionam de forma comunitária, não de grandes instituições (empresas,
ongs, governo) ou de políticas públicas (a função da política pública é
apoiar coletivos como este).
Saúdo o pessoal da Casa Amarela pela oportunidade deste diálogo: Akira Yamasaki, Célia Yamasaki Silva, Sueli Kimura, Escobar Franelas, e o pessoal muito bacana que participou do Blábláblá. Muito obrigado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário