vinte e seis gráus na sombra
mãos inchadas
e respiração torturante
caminho obesamente
pela enseada de itapacoróia
nessa manhã de natal
meus passos pesados
acordam o sol
e à minha passagem
bentevis batem continência
rua deserta não fossem
as mulheres tirando o lixo
com as sobras da ceia
e varrendo as calçadas
percebo esse ano
nas paredes das casas
e nos arbustos podados
a inequívoca escassez
de lampadinhas xinguelingue
de lampadinhas xinguelingue
interferência de altas políticas
internacionais talvez
o caminhão de lixo vira a rua
os garis na maior gritaria
já pedem antecipação
da caixinha do ano novo
akira – 25/12/2012.
Poema crônico... ou seria uma crôncia poética?
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