do ninho de tsunamis
um escapou e saiu pra passear
das desgraças que semeou
uma ficou em particular
fukushima e a poesia inútil
perplexa diante do mar.
Essa poesia inútil perplexa diante do mar: poesia urgente! Grato, Akira, pelo presente, por este quase haikai. Que os tsunamis permaneçam nos seus ninhos!!!
Meu nome é Akira Yamasaki e nesse espaço vou contar minhas histórias. Sou um poeta e agitador cultural nascido sob o signo maldito das insatisfações e das aflições inquietantes.
Carrego eternamente nos olhos embotados a dubiedade do meu coração inconstante e fantasmas descontentes arrastam correntes no meu noturno destino. Meu outro signo é a paixão que torna-me fraco, generoso e temente por aqueles por quem sou apaixonado.
Menino cheguei do interior do estado em 1964 na Curuçá - Itaim Paulista e desde então só tive dois endereços, a própria Curuçá e o Jardim das Oliveiras, onde moro desde 1975.
As indagas culturais entraram na minha vida em 1977 devido ao envolvimento com artistas da região de São Miguel e a fundação do Movimento Popular de Arte - o MPA, quando um rangido profundo realinhou as placas geológicas dos oceanos do meu cérebro, o tsunami pegou no tranco e comecei a escrever poesia e teatro como louco e a promover indagas como destino.
Nunca mais parei. Foi no MPA também que conheci Sueli Kimura, magra como um ramo espichado de sakura, japonesa de olhos indaquentos e inteligencia incômoda, beleza oriental de traços suaves e intrigantes. Paixão fatal e casamento.
Lindo, emocionante... raro lirismo! Demais Akira!
ResponderExcluirSem palavras...
ResponderExcluirPois é Akira, até nos maiores desastres é possível achar a beleza, nem que
ResponderExcluirseja a beleza das palavras e dos poemas.
Muito bacana!
Claudia Mendes.
Akira
ResponderExcluirBelo retrato do acontecido, pena que seja triste para nós e para eles.
Deixei sua auditoria para o dia 13/03 as 14:30
bjs
Maria Toshiko.
É quase um haikai. Me lembrou o haikai do Yabu-sama em "Shogum"
ResponderExcluirFantabuloso e necessário, meu caro Akira...
ResponderExcluirembora eu esteja em modo offline, continuo à espreita...
é a minha minipausa...
Tiago Araújo.
Acabamento "plástico", meu chapa!
ResponderExcluirE a dor da vida em poesia torna-se flor...
Aqui, do meu canto,
Escobar Franelas.
Essa poesia inútil perplexa diante do mar: poesia urgente! Grato, Akira, pelo presente, por este quase haikai. Que os tsunamis permaneçam nos seus ninhos!!!
ResponderExcluir