sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Meus poetas preferidos (04)

Raberuan

Raberuan é meu irmão siamês e estamos condenados
Estamos grudados pelas costelas e não podemos ser separados
Se um morrer o outro morre junto
Não quero morrer antes
Raberuan não quer morrer antes.


Água clara de cascata


meu coração está pendurado
no cordão do seu pescoço
bem na curva da estrada
no caminho do teu seio
meu receio é rabiscar
a tua pele dourada
meu coração que não é de ouro
é simplesmente de lata
não enriquece tesouro
nem reluz brilho de prata
mas é o mais feliz de todos
pois derrama no teu couro
água clara de cascata.


Raberuan.

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