sábado, 22 de novembro de 2014

sarau da casa amarela com antonio marcos


encontro de saraus no ceu curuçá


boralá, oswaldo ribeiro tiveron
sacha arcanjo e rosinha morais
escobar franelas e jocélio amaro
boralá, imenso poeta gilberto braz

euflávio madeirart e jose pessoa
wagninho barbosa, vamos, boralá
rosemari beltrão e inês santos
francisco xavier, zulu de arrebatá

compadre seh m. pereira, vamos?
bora, manogon manoel gonçalves
luka magalhaes, ceciro cordeiro
arnaldo b. rosário, salve, salve

rosmari pereira de oliveira
bora sem demora joaquim lima
joão caetano do nascimento
carlos alberto e ligia regina

boralá, janete braga od larama
bora eny sant e alexandre santo
valdomiro ferreira - pérola negra
quero ouvir alto e forte o seu canto

querida comadre marcia barbieri
daniel lopes, selma sarraf bizon
a outra selma, não menos querida
a bento baia mora em mi corazom

apareça, comadre cida camargo
traga junto o seu querido ademar
é domingo que vem, quinze horas
encontro de saraus no ceu curuçá

akira - 20/11/2014.
 

não dá nem dó


o palmeiras
não merece
o meu amor
nem faz jus
à minha dor

o palmeiras
não tem cara
nem coragem
para encarar
cara a cara

o time
não dá
nem dó

triste e infame
a desonra vil
no meu peito
fez seu covil

akira - 19/11/2014.

lígia


lígia, adorada irmãzinha
eu podia estar doente
ardendo com febre
de mais de quarenta gráus

e mais, eu podia estar
vagando por aí sem memória
sem destino nem história
no sol frio do esquecimento

e mais ainda, lígia regina
eu podia até estar morto
e devidamente sepultado

só não podia de jeito nenhum
- foi crime de lesa majestade
ter esquecido seu aniversário

19/11/2014.

dedo mole (26)


há muito tempo
no breu do beco
sem porta de saída
farejei seu medo
e comprei sua dor


no fedor da noite
na bacia fervente
das almas caídas
enxerguei sua fome
e comprei seu ódio

há muito tempo
no balaio do destino
mãos sujas de sangue
misturei dor e ódio
comprei seu perdão

foi há muito tempo
na latrina do tempo
no poço das perdas
no covil das tocaias
comprei sua parte

akira – 18/11/2014.

chapéu boliviano


cá estamos nesta foto
de selma sarraf bizon
momento bom de alegria
eu e minha amada sueli

eu com o chapéu boliviano
presente do meu filho andré
comprado de uma índia veia
num lugar chamado potosí

eu e sueli kimura ganhamos de rosinha morais


Indelével

Essa mistura
Que não lhes cabe
Que de tão imensa
Se espalha por onde andam
Uns dizem ser
Cumplicidade
Outros respondem
Que é amizade
Alguns juram
Que é amor
Tantos assumem
Com tal certeza
Que o que os une
É a beleza
Tenho cá pra mim
Que é tudo isso
E um pouco mais
Um encontro de almas
De corações
De mentes
Que seguem
Os mesmos preceitos
De talento e de respeito
Daquilo que todos
Passam a vida
A procurar
Mas que só poucos
Consegue achar.


Rosinha Morais