tua poesia me ensina uma parte que ainda ensaio escrever: sobre nossa vida de periferia. Ter sido do MPA é sempre ter sido, onde quer que eu vá. E vejo com clareza que lá, naqueles anos agitados, em que eu era feita de deslumbramento vendo você e os outros construírem uma história, da qual eu fazia parte, foi lá que eu comecei a ver poesia e arte em tudo. E hoje, estou construindo esta volta. Para tudo que seja poesia e arte, e também para tudo que diga o que é ser/viver periferia.
(Este comentário acima postei no Mundo e quis trazer pra cá). E esta poesia sua, breve e intensa, mostra um lado da sua poesia que também acompanho (e me surpreende) que é a leveza! Eu busco, cada vez mais, a criação de imagens breves, mas que tenham em si reverberações. E isso é o teu haikai.
Meu nome é Akira Yamasaki e nesse espaço vou contar minhas histórias. Sou um poeta e agitador cultural nascido sob o signo maldito das insatisfações e das aflições inquietantes.
Carrego eternamente nos olhos embotados a dubiedade do meu coração inconstante e fantasmas descontentes arrastam correntes no meu noturno destino. Meu outro signo é a paixão que torna-me fraco, generoso e temente por aqueles por quem sou apaixonado.
Menino cheguei do interior do estado em 1964 na Curuçá - Itaim Paulista e desde então só tive dois endereços, a própria Curuçá e o Jardim das Oliveiras, onde moro desde 1975.
As indagas culturais entraram na minha vida em 1977 devido ao envolvimento com artistas da região de São Miguel e a fundação do Movimento Popular de Arte - o MPA, quando um rangido profundo realinhou as placas geológicas dos oceanos do meu cérebro, o tsunami pegou no tranco e comecei a escrever poesia e teatro como louco e a promover indagas como destino.
Nunca mais parei. Foi no MPA também que conheci Sueli Kimura, magra como um ramo espichado de sakura, japonesa de olhos indaquentos e inteligencia incômoda, beleza oriental de traços suaves e intrigantes. Paixão fatal e casamento.
Belo Haiku.
ResponderExcluirAkira,
ResponderExcluirtua poesia me ensina uma parte que ainda ensaio escrever: sobre nossa vida de periferia. Ter sido do MPA é sempre ter sido, onde quer que eu vá.
E vejo com clareza que lá, naqueles anos agitados, em que eu era feita de deslumbramento vendo você e os outros construírem uma história, da qual eu fazia parte, foi lá que eu comecei a ver poesia e arte em tudo.
E hoje, estou construindo esta volta. Para tudo que seja poesia e arte, e também para tudo que diga o que é ser/viver periferia.
Beijos, carinho e saudades...
(Este comentário acima postei no Mundo e quis trazer pra cá).
ResponderExcluirE esta poesia sua, breve e intensa, mostra um lado da sua poesia que também acompanho (e me surpreende) que é a leveza! Eu busco, cada vez mais, a criação de imagens breves, mas que tenham em si reverberações. E isso é o teu haikai.