sexta-feira, 30 de julho de 2010

Uma cigana

na praça da sé
de saída do metrô
uma cigana me chamou
vem cá, seu japa
me mostra a sua mão
não aceito um não
deixa eu ler a sua sorte
é só um vale transporte

aos pés do marco zero
fingimento ou não
o seu sorriso de fome
comoveu meu coração
e partiu a minha alma
os seus pés no chão
se eu tivesse até daria
um vale refeição.

akira.

Em tempo: Lembrei desses versos, não sei quando os fiz,
                 porque uma cigana me pediu dez centavos
                 hoje de manhã, na praça da sé.
                 Dez centavos e hoje não existem mais vales
                 transportes ou refeições.

Nenhum comentário:

Postar um comentário