na praça da sé
de saída do metrô
uma cigana me chamou
vem cá, seu japa
me mostra a sua mão
não aceito um não
deixa eu ler a sua sorte
é só um vale transporte
aos pés do marco zero
fingimento ou não
o seu sorriso de fome
comoveu meu coração
e partiu a minha alma
os seus pés no chão
se eu tivesse até daria
um vale refeição.
akira.
Em tempo: Lembrei desses versos, não sei quando os fiz,
porque uma cigana me pediu dez centavos
hoje de manhã, na praça da sé.
Dez centavos e hoje não existem mais vales
transportes ou refeições.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
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