ela trouxe
dos seus tempos de menina
um mickey mouse de pano
nariz de flanela
e sorriso de plástico
o guardou pendurado
na parede do quarto
onde o abajur o ilumina
sempre na mesma postura
nas noites de vinho e loucura
quando ela se solta
em seu galope de mulher
não percebe que mickey a observa
com seus olhos de crina e palha
nem que a noite é longa
e o guarda noturno apita.
akira.
1981.
Cheguei aqui, agora. meio atrasada, meio devedora de outras visitas. estou passeando por esta casa. E escolhendo meus objetos preferidos. Este poema, já é um deles!
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