a vida prolongada
em tubos, fios artificiais
e instrumentos de precisão
que injetam quantidades
exatas de oxigenio
alimentos e remédios
para controle da dor
- meu deus, da dor
já é uma espécie de morte
se o corpo agora
inanimado e horizontal
pendura-se em raízes
de plástico e metais
submissas aos mais rígidos
procedimentos e protocolos
de limpeza e higiene
estreita-o ao colo a alma
pássaro etéreo e hesitante.
akira.
30/04/2010.
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Salve Akira
ResponderExcluirGrande, grave e sentido poema.
É possivel visualizar a imagem
contundente do ser retratado nele.
Parabéns.
Linda, tocante!
ResponderExcluirAdailton
Akira,
ResponderExcluiradmiro muito o modo como você acomoda a reflexão, o lirismo, a musicalidade e o coloquial sob o mesmo teto, sem perdas...
Parabéns! E obrigado pela sua presença luminosa em nossas vidas.
Voilà!
Escobar Franelas