não sou um crítico literário. por isso quando leio um livro de prosa ou de poesia, o máximo que sei é se ele é bom ou ruim mas nunca sei porque ele é bom ou ruim. posso até identificar alguns critérios que me levam a realizar essa avaliação precária mas via de regra acho que só respeito um único requisito: se a obra prende ou não a minha atenção e interesse do começo ao fim da leitura, ou seja, é um critério muito subjetivo que nunca vai assegurar a qualidade ou não do livro e que, em último caso, só vale para mim e para mais ninguém e até aceito que livros que penso que são bons podem ser ruins e vice-versa. isso dito quero gritar e anunciar aos quatro ventos que o último romance de osvaldo higa, o "sujeito oculto", é muito, muito, mas muito bom mesmo, foi uma leitura que fiz num único estirão e que manteve a corda da minha atenção esticada do começo ao fim do livro. ao término da leitura, ainda sob o impácto dos sentimentos, emoções e interrogações que o "sujeito oculto" promoveu dentro da minha cabeça e meu coração eu disse a mim mesmo: não é possível que este livro seja tão bom assim, e para tirar a limpo recomecei a leitura, agora com mais calma e repassando e refletindo com mais clareza alguns pontos onde eu tinha passado meio batido. novamente li num fôlego só e não consegui interromper a leitura nem por um segundo sequer, o que reiterou a minha certeza: o "sujeito oculto" é um grande romance que recomendo de olhos fechados e garanto procedência e qualidade.
Meu nome é Akira Yamasaki e nesse espaço vou contar minhas histórias. Sou um poeta e agitador cultural nascido sob o signo maldito das insatisfações e das aflições inquietantes.
Carrego eternamente nos olhos embotados a dubiedade do meu coração inconstante e fantasmas descontentes arrastam correntes no meu noturno destino. Meu outro signo é a paixão que torna-me fraco, generoso e temente por aqueles por quem sou apaixonado.
Menino cheguei do interior do estado em 1964 na Curuçá - Itaim Paulista e desde então só tive dois endereços, a própria Curuçá e o Jardim das Oliveiras, onde moro desde 1975.
As indagas culturais entraram na minha vida em 1977 devido ao envolvimento com artistas da região de São Miguel e a fundação do Movimento Popular de Arte - o MPA, quando um rangido profundo realinhou as placas geológicas dos oceanos do meu cérebro, o tsunami pegou no tranco e comecei a escrever poesia e teatro como louco e a promover indagas como destino.
Nunca mais parei. Foi no MPA também que conheci Sueli Kimura, magra como um ramo espichado de sakura, japonesa de olhos indaquentos e inteligencia incômoda, beleza oriental de traços suaves e intrigantes. Paixão fatal e casamento.
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