segunda-feira, 21 de junho de 2010

Labirinto


estou vazio
no nada do vaso
no oco da tijela
no pó da vasilha

vazio demais
e muito triste
no lugar que estou
o tempo não existe

não existem vazas
procuro saídas
mas volto sempre
no ponto de partida.

akira – 21/06/2010.

2 comentários:

  1. Melancolicamente bonito. O bom de estar vazio é poder se encher de alguma coisa. No tempo certo.
    Abs

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  2. Akira!
    GOSTO
    saibas tu que gosto
    destes versos sorrateiros
    é teu modo divesificado
    de mandar o teu recado.

    sei que tens essas saídas
    prá achar nova entrada
    teu caminho é uma rodovia
    cercada de nobra sintonia.

    22/06/10
    Sacha Arcanjo

    Esse é o meu poeta preferido, du cacete...du cacete, véio bruxo...
    Luiz Casé

    Poeta,

    o poema "Labirinto" tem a sua cara, com sua orquestração em torno do nada, que é esse encontro desse nada com o labirinto, e a epifania lírica e contundente, que é o comum de seus versos, com a apropriação do tempo e imagens.

    Apenas faço humildemente duas sugestões de reparos:
    1) tigela (verifiquei o Houaiss achando que pudesse estar equivocado. Mas tigela é com "g" mesmo).
    2) no ponto poderia se tornar ao ponto, que é mais sonoro e rítmico, ainda que o termo usado não esteja tecnicamente errado.

    Desculpe-me a afronta de corrigi-lo, mas espero sinceramente estar contribuindo para seu crescimento.

    Há braços,
    Escobar Franelas

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